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Perguntas Mais Que Freqüentes Sobre a Viagem

 

Qual a maior dificuldade para iniciar uma viagem?

 

            Partir. Cortar as amarras com a família e com a vida em terra.

 

            Antes de partimos, em 1999, tínhamos a convivência com a família e muitos amigos, bons empregos, bons salários, morávamos num confortável apartamento na Cidade Maravilhosa, curtíamos o MaraCatu nos finais de semana e férias na bela região de Angra dos Reis e ainda tínhamos um jipe 4X4 para explorar lugares de difícil acesso. Largar tudo isso não foi fácil, mas valeu a pena pelo que vivemos nos últimos anos.

 

O que vocês mais sentem falta da vida em terra?

 

            Da convivência com os amigos que deixamos para trás, principalmente depois que Yahgan e Taai-Fung retornaram (veja a pergunta abaixo). Eu sinto muita saudade da família, em especial do Fernando, meu filho. Hélio também sente falta do ar-condicionado.

 

Por quanto tempo vocês pretendem viajar?

 

            Quando saímos do Rio, ainda sem experiência do que é uma vida a bordo, planejamos um roteiro e um tempo para executá-lo. A idéia era fazer o Círculo do Atlântico - Brasil, Caribe, Estados Unidos, Europa e Brasil - em 3 anos. Logo aprendemos que isso não combina com o novo jeito de viver, a menos que você tenha uma data certa para voltar, uma grana fixa  que irá fatalmente determinar o fim da viagem ou assuma algum compromisso, por exemplo, com a família, emprego ou um patrocinador.

 

            Depois descobrimos que nossa renda mensal é suficiente para vivermos a bordo quando estamos navegando pelo Brasil e curta para o exterior. Mas nesse período já tivemos oportunidade de matar nossa curiosidade de navegar fora do Brasil por 3 vezes e sem despesas. Então, nosso lema é: enquanto estiver bom a gente vai ficando.

 

Até onde vocês pretendem ir?

 

            Mais importante que o destino é o desafio de morar a bordo, ter uma boa qualidade de vida. Se o vizinho é chato, a gente muda de vizinho. Se já curtimos bastante uma ancoragem, vamos para outra.

 

Quem vive boiando vai para onde o vento sopra. Vez por outra nos envolvemos também em algum projeto temporário como ajudar Hélio Magalhães no levantamento e confecção do Guia Náutico da Costa do Cacau e do Dendê; participar da construção do único Open 60 feito no Brasil; participar de duas Semanas de Vela da Ilhabela, dois Cruzeiros Costa Leste, sete Regatas Recife-Noronha, duas Travessias Noronha-Cabedelo, dois Rio Boat Show com o MaraCatu aberto para visitação; organizar o encontro de Cruzeiristas da ABVC em Bracuhy; navegar de Angra a Porto Rico no catamarã Kaka-Maumau e por ai vai... monótono é que não é!

 

Quando pensam em atravessar um oceano?

 

            Na realidade, já atravessamos o Atlântico na escuna Valtur Bahia entre agosto e outubro de 2000 (veja matéria na Revista Náutica). Se surgir outra oportunidade como aquela, que além do oceano foi um desafio pelo tipo de embarcação e pela experiência de conviver com 5 pessoas quase desconhecidas por quase três meses, iremos novamente. No MaraCatu, enquanto a costa Brasileira nos cativar, vamos ficando por aqui.

 

 

Atualizado em jul/2003

 

Cruzamos o Atlântico mais uma vez (na realidade duas, o Atlântico Norte e o Sul). Agora ajudando o amigo Walter Antunes a trazer o Galileo (um catamarã de 44 pés) da Flórida a Maceió. Foram 39 dias tranqüilos pelo “caminho certo” com ventos e correntes favoráveis. Saímos de Fort Lauderdale, subimos até quase 40°N, quase chegamos nos Açores, passamos uma noite em Mindelo, no arquipélago de Cabo Verde, e demos uma rápida velejada descendo a ladeira depois do Equador até Maceió

 

Quais as três coisas mais importantes que não devem ser esquecidas numa viagem de barco?

 

         O protetor solar, os óculos escuros e a roupa de banho.

 

Brincadeiras à parte, as três coisas mais importantes são quatro: um barco marinheiro (com um bom jogo de velas, no caso de veleiro), saúde, um(a) companheiro(a), pois uma viagem em solitário deve ser muito chata, e por fim uma bússola.

 

            Apesar de não ser imprescindível é bom levar um GPS, para confirmar onde você imagina que está, e uma forma de gerar eletricidade pois facilita muito a vida a bordo (manter os alimentos, um drinque gelado, falar no rádio SSB, responder as perguntas dos amigos no lepitópi...).

 

Se você tem alguma pergunta, dúvida, curiosidade ou discorda de alguma das respostas, mande um e-mail que a gente promete responder (podemos demorar um pouco, mas sempre respondemos). Se mais de uma pessoa fizer a mesma pergunta ela será incluída aqui, já que é uma Pergunta Mais Que Freqüente.